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segunda-feira, 11 de março de 2013

OPINIÃO: A Chávez o que é de Chávez. Por Josi Souza



Não poderia deixar de comentar sobre a morte de Hugo Chávez, presidente Venezuelano que, a despeito do seu anacronismo histórico, conseguiu reavivar em seus compatriotas um sentimento tão necessário a um povo: orgulho nacional.
Digo anacronismo não pelo seu ideal de implantar um regime baseado no fim das desigualdades do mundo capitalista e de não-subserviência aos EUA, mas pela forma, muitas vezes anti-democrática de atuar em nome desse orgulho nacional, que incluía restrições aos direitos civis. E não há quem me convença de que essa postura é válida em nome do que quer que seja. Revolucionário de carteirinha, caricato, que acha que colocar uma camisa de Che Guevara é encarnar o próprio comigo não tem respaldo.
Mas reconheço o seu valor de líder latino-americano que resistiu bravamente às imposições dos grandes, que olhou para o nosso passado de espoliação e exploração e o repudiou, apesar das sanções. Hugo Chávez deixa um legado de luta, de consciência histórica que sem dúvida deve ser bem aproveitado pelas novas gerações. 
Para mim, sua importância vai muito além da emblemática farda verde oliva que o fazia parecer um rebelde recém saído da revolução dos anos 1960, fiel escudeiro dos não menos emblemáticos Fidel Castro e Che Guevara. 
VALEU CHÁVEZ.

Josi Souza
Professora de História, da rede pública e privada no município de Feira de Santana

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