Pedindo permissão para reinterpretar a frase do Arnaldo Jabor, inicio algumas considerações relacionadas à fala de Malafaia no programa da Marília Gabriela.
“SEJA UM IDIOTA
A idiotice é vital para a felicidade.”
Melhor definição para José Malafaia, um idiota. Idiota não apenas pelo discurso extremamente preconceituoso, ou por não entender e perceber as transformações sociais. A maior idiotice do sujeito aqui exposto é que diante de tantas bobagens ditas sua idiotice lhe traz felicidade. É perceptível seu olhar de satisfação diante de tantas bobagens vomitadas.
Voltemos então à felicidade, para o pastor o que será felicidade? Felicidade talvez pelos inúmeros fiéis que o apoia, lotam suas igrejas e se abençoam diante de tua fala, que, diga-se de passagem, garante alguns milhões de reais. Felicidade por pensar o quanto os membros de sua igreja ao ver sua entrevista, ficam excitadíssimos (no sentido divino da palavra) o que vai lhe render outros tantos milhões de reais. Um ser humano feliz por ter milhares de livros vendidos baseados numa interpretação divina de como direcionar sua vida neste mundo cruel, dentro de uma perspectiva no mínimo duvidosa.
Não culpo seus fiéis, pobres coitados que numa sociedade baseada na alienação e conduzida por aquele que grita mais alto em nome de Deus segue fielmente (com raríssimas exceções), sem pestanejar aquilo que seu líder dita.
Idiota Malafaia? Sim.
Se para ser feliz preciso seguir preceitos de um idiota, que baseia seu discurso em conceitos extremamente discriminadores como do senhor pastor Malafaia, é melhor ser triste.
Algumas combinações para mim traz felicidade: espontaneidade e alegria, amor e compaixão, sobriedade e segurança, ouvir e escutar. Dentro desta perspectiva, idiotice e felicidade definitivamente não se combinam.
Discordando absolutamente do texto do Arnaldo Jabor (o qual não tenho muita simpatia), e considerando Malafaia um grande idiota, minha felicidade não está relacionada ao meu nível de idiotice. Ao invés do Arnaldo Jabor prefiro Vinicius de Moraes que com sua musicalidade, sem idiotice e com muita poesia afirma num samba gostoso “É melhor ser alegre que ser triste”. Afinal, felicidade me encanta, mas idiotice me cansa.
JR BORGES
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